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Curiosity descobre mais evidências de Marte

Essa é a imagem de uma rocha de Marte antiga que emergiu durante os últimos meses graças às descobertas feitas pelo robozinho Curiosity da...


Essa é a imagem de uma rocha de Marte antiga que emergiu durante os últimos meses graças às descobertas feitas pelo robozinho Curiosity da NASA. O anúncio sempre apareceu sem sentido, mas agora no European Planetary Science Congress, eles conseguiram fornecer evidências cruciais de que Marte era um planeta como a Terra no seu passado (em questões de água).
Durante várias, ou sinceramente, muitas sessões de conferências, que aconteceu do dia 8 a 13 de Setembro em Londres - Inglaterra, os cientistas apresentaram mais informações das descobertas realizadas pelo Curiosity. E eu concordo com o Cienctec blog, as palavras mais ouvidas realmente foram hidrogênio, rochas hidratadas e água, e sim, principalmente a palavra água.
“Nós estamos informados que em Marte existiu sim o que nós dizemos ser um ambiente com vida, onde a água era boa suficiente para se beber”, disse Melissa Rice, do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.
Ela falou sobre rochas que o Curiosity estudou no começo do ano, que encontrou evidências de que o antigo planeta Marte poderia ter suportado a vida microbiana pelo menos no passado. Uma das rochas mencionadas por ela foi um lamito, que é uma rocha sedimentar que foi formada pela litificação de silte e argila em proporções variáveis que o rover Curiosity perfurou. No seu interior os pesquisadores encontrou alguns minerais de argila, o que significa que eles foram formados ou sofreram uma substancial alteração pela água em Marte. Depois, essa água tornou-se neutra e benigna. Essa é a grande questão com relação a habitabilidade, os outros rovers, o Spirit e a Opportunity da NASA, encontrou evidências de um antigo planeta Marte úmido depois que tocaram o solo em 2004, mas a maior parte dessa água era provavelmente extremamente ácida.
“É incrível que nós encontramos esse lamito”, diz o apresentador Aileen Yingst, ele é um membro da equipe de ciência do Curiosity do Planetary Science Institute em Tucson localizado no Arizona. “Os lamitos significam que você tem grãos finos dentro da rocha, o que significa que esses grãos se depositaram vagarosamente. No planeta Terra, isso normalmente significa que isso precisa acontecer devido a água e o vento. E nós pensamos que isso ocorreu devido a água”. Os pesquisadores pensam que o lamito se formou num lugar onde a água era calma, igual a um lago ou até mesmo um pântano, contudo, um lugar ideal para os micróbios sobreviverem e se reproduzirem. Uma outra rocha que recebeu muita atenção na conferência foi a Tintina, um pequeno seixo que a Curiosity rolou sobre e a quebrou. A pequena lasca de rocha revelou um interior branco como neve, mostrando a presença de minerais hidratados e se formaram quando a água passou pela Cratera Gale a bilhões de anos atrás.

A evidência mais forte do passado de Marte com água veio da descoberta feita pelo Curiosity de veios de Sulfato de Cálcio, em outras palavras, algumas fissuras na superfície da rocha, que uma vez analisadas com um instrumento a laser, ele mostrou ter Sulfato.
“Se você tem veios, então você tem água que tinha um tipo de solução mineral de formação de rocha que foi dissolvida na água e transportada para algum outro lugar, para que então fosse depositada novamente. Assim, esse é apenas outro indicador que você teve uma atividade guiada pela água em Marte”, diz Yingst.
Uma dessas feições da superfície marciana, que foi avaliada pelo Curiosity é chamada de Baía Yellowknife, um afloramento que os pesquisadores chamaram de Shaler. 
O Shaler é um exemplo de rocha com estratificação cruzada, que tem finas e inclinadas camadas de sedimentos. As feições que foram encontradas no afloramento Shaler são normalmente formadas pelos rios na Terra. A água corrente/turbulenta cria várias dunas no leito do rio, que lentamente vai na direção da corrente. O rover Curiosity tem visto as partes remanescentes desse processo de migração.
“O tamanho dos grãos que estão ali, são pequenos seixos e grãos de areia grossos, porém muito grandes para serem levantados e transportados pelo vento, então, a única forma de produzir essas duas é por meio do fluxo de água”, diz o apresentador Sanjeev Gupta, do Imperial College de Londres. “Isso se parece exatamente com as feições que eu vi aqui na Terra e que foram formadas por rios antigos”, acrescentou Gupta.
“Então, nós podemos dizer que esses afloramentos são uma grande evidência para sustentar o transporte via água e a migração da duna. E quando elas são preservadas, elas estão registrando de minutos a horas de movimento, e elas tem sido preservadas por milhões a bilhões de anos até hoje”. O fluxo de água que criou as dunas provavelmente ocorreu a muitos anos, provavelmente há bilhões de anos atrás, disse Gupta. Os cientistas ainda estão analisando as imagens feitas pelo Curiosity dos depósitos, um processo que pode levar meses ainda. A dúvida está apenas em como tudo isso está sendo formado, em um lago, em um rio, enfim, saberemos em breve!

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