Resultados das amostras encontradas, da Curiosity
O Curiosity da NASA revelou grandes coisas sobre o planeta Marte. Suas descobertas são tão incríveis que até a revista científica Science ...
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O Curiosity da NASA revelou grandes coisas sobre o planeta Marte. Suas descobertas são tão incríveis que até a revista científica Science postou 5 artigos.
Uma descoberta fundamental é que as moléculas de água estão presas a partículas de solo de granulação fina, que estão sendo responsáveis por 2% do peso das partículas na Cratera Gale, onde o rover Curiosity pousou. Esse resultado tem implicações globais, pois esses materiais estão quase distribuídos ao redor de todo o Planeta Vermelho.
Esses achados sobre tanto componentes cristalinos e não cristalinos no solo fornecem pistas sobre a história vulcânica do planeta. As informações sobre a evolução da crosta marciana e as regiões mais "externas" do planeta vieram todas de análises mineralógicas da Curiosity de uma rocha chamada de Jake M, que tem quase o tamanho de um campo de futebol. Essas rochas se formam pelo resfriamento do material derretido, que fica bem abaixo da crosta marciana. As composições químicas das rochas podem também ser usadas para se interferir sobre as condições térmicas, ou de pressão e químicas onde elas se cristalizaram.
É Incrível, pois alguns estudos de rochas ígneas de Marte mostravam que essas rochas eram bem diferentes das rochas do planeta Terra e da conhecida Jake M.
O Curiosity examinou a chamada Rocknest, com 5 instrumentos realizando análises de laboratório no interior do rover de amostras que foram recolhidas da superfície marciana por um instrumento que é parecido com uma colher qualquer. Tem uma história muito complexa e tem partículas de areia com origens das locais, como partículas mais finas que amostram a poeira marciana, que provavelmente está distribuída regionalmente ou até mesmo globalmente pelo vento.
O rover também está equipado com um instrumento a laser para determinar a composição do materiais que estão a uma certa distância. O instrumento encontrou que o componente de partícula fina na Rocknest se ajusta com a composição da poeira soprada pelo vento e tem moléculas de água. O rover testou 139 alvos no solo em Rocknest e em outros lugares durante os primeiros 3 meses da missão encontrou hidrogênio, toda vez que o laser atingiu um material de partícula fina.
Um laboratório interno do Curiosity usou também raios-X para descobrir a composição das amostras de Rocknest. O equipamento foi miniaturizado para se ajustar dentro da sonda que levou o Curiosity até Marte, e além disso deixou os benefícios de equipamentos portáteis similares usados na Terra. As análises de raios-X não somente identificaram 10 distintos minerais, mas encontrou uma inesperada e grande porção da composição da Rocknest de ingredientes amorfos. Materiais amorfos, similares a substância vítreas, são componentes de alguns depósitos vulcânicos na Terra.
O outro instrumento do laboratório identificou alguns elementos químicos e isótopos em gases lançados pelo aquecimento do solo da Rocknest. Os isótopos são variantes de um mesmo elemento com peso atômico diferente. Os testes descobriram que a água faz parte de quase 2% do solo, e que as moléculas de água estão presas aos materiais amorfos no solo.
"A razão de isótopos de hidrogênio na água lançada de amostras "cozidas" do solo de Rocknest, apontam que as moléculas de água presas às partículas de solo vieram de interações com a atmosfera moderna”, diz a Laurie Leshin, do Rensselaer Polytechnic Institute, New York.
E "cozinhando" e analisando as amostras da Rocknest também revelaram que um composto com cloro e oxigênio, provavelmente clorato ou perclorato, que anteriormente só se sabia que existia em Marte em locais de grande latitude. A descoberta no local equatorial onde se encontra o Curiosity sugere uma distribuição mais global.
Os dados que foram obtidos pelo Curiosity desde os primeiros 4 meses de missão do rover em Marte ainda estão sendo analisados. O JPL da NASA, gerencia a missão para o Science Mission Directarate da NASA em Washington. A missão é uma colaboração internacional contendo contribuições para instrumentos fundamentais do Canadá, a Espanha, Rússia e também a França.
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