Sonda Dawn alerta que a história do asteroide Vesta precisa ser reescrita

Só agora, que os cientistas pensavam que tinham uma teoria definitiva sobre como o asteroide Vesta tinha se formado, vem essa notícia. Se a formação do Vesta seguiu o script para a formação de planetas rochosos como a Terra, o calor do seu interior, provavelmente teria criado camadas distintas e separadas de rochas. Ou seja, o mineral olivina deveria se concentrar no manto.
Porém, isso não é o que o instrumento VIR da sonda descobriu, as observações de imensas crateras no hemisfério sul do asteroide Vesta, que expõem a crosta inferior que deveria ter escavado o manto, não encontrou evidências para claras a Olivina. Mas encontraram assinaturas da Olivina no material da superfície no hemisfério norte.
“A falta da olivina pura nas bacias profundamente escavadas no hemisfério sul de Vesta e a inesperada descoberta no hemisfério norte indicam uma história evolutiva mais complexa do que as inferidas pelos modelos de Vesta, antes da sonda Dawn chegar ao asteroide”, diz Maria Cristina de Sanctis, ela é co-investigadora e líder do VIR no National Institute for Astropysics de Roma, na Itália.

Pode ser que Vesta somente sofreu um derretimento parcial, que criou pacotes de Olivina ao invés de uma camada global. Talvez o manto que está exposto no hemisfério sul de Vesta foi coberto brevemente por uma camada de outro material, que evitou que a sonda Dawn observasse a olivina abaixo dessa camada.
“Essas últimas descobertas da sonda nos excitam a provar algumas ideias diferentes sobre a origem do Vesta”, disse Carol Raymond, a principal pesquisadora da sonda Dawn no JPL da NASA. 
“Também nos mostram, quais informações adicionais nós podemos aprender estando em órbita de objetos como o Vesta para complementar aquelas que são obtidas de objetos que se chocam conosco como meteoritos ou informações adquiridas a partir de observações feitas a longa distância (vistos daqui da Terra)”.