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O Big Bang foi o fim de outro Universo?

Segundo as informações de Roger Penrose, o prestigiado físico da Universidade de Oxford, o conhecido Big Bang talvez não seja apenas o ...


Segundo as informações de Roger Penrose, o prestigiado físico da Universidade de Oxford, o conhecido Big Bang talvez não seja apenas o início de tudo, mas também o fim de um outro Universo que existia antes desse. Ele diz ter agora evidências concretas sobre esse ciclo cosmológico.
O trabalho foi em parceria com o armênio Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan. Há 3 anos eles analisam, alguns dados do satélite WMAP. A sonda americana foi projetada para fazer um mapeamento universal da radiação cósmica de fundo, ou melhor, o "eco" do Big Bang, que foi gerada quando o Universo tinha menos de 400 mil anos de existência, e detectado pelo satélite na forma de microondas. Hoje, o cosmo tem aproximadamente 13,8 bilhões de anos.

        

E Penrose e Gurzadyan já falavam sobre isso em 2010, que conseguiram detectar pequenas flutuações na radiação cósmica de fundo, na forma de círculos concêntricos.
Segundo eles, seria o resultado da colisão de buracos negros gigantes, numa época que precedeu o Big Bang, ou seja, seria implicação de que o Universo já existia, em outra forma, antes do período de expansão que conhecemos e observamos hoje.
Os cosmólogos constataram, com alguma surpresa, que os círculos apontados por Penrose e Gurzadyan estavam de fato lá, e haviam passado despercebidos até então. Porém, realizando simulações de como seria a radiação cósmica de fundo com base na cosmologia clássica, para a qual tudo começa no Big Bang, constataram que os círculos também apareciam. Isso quer dizer, o fenômeno era real, mas a parte que dizia respeito a outro universo antes deste parecia ser apenas elucubração da dupla. Penrose e Gurzadyan agora retornaram com a divulgação do Universo Cíclico, mas agora, com novas evidências. 
Em uma análise mais profunda dos círculos, publicada recentemente no "European Physical Journal Plus", eles concluiram que o padrão observado se encaixa melhor na hipótese de um universo cíclico, com eventos que antecedem o Big Bang.
A dupla está trabalhando na análise de dados do satélite europeu Planck, que faz basicamente a mesma coisa realizada anos atrás pelo WMAP, porém, com mais precisão. "Nosso trabalho está avançando", diz Gurzadian. "Contudo, pretendemos divulgar os resultados inicialmente para especialistas."

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