Cientistas descobrem a expansão do Universo com extrema precisão

Concepção artística de como foi medida a expansão do Universo

É incrível como a ciência avança, dessa vez os cientistas conseguiram estudando em torno de 140 mil galáxias extremamentes brilhantes, os resultados de cálculos sobre a expansão do Universo com uma precisão impressionante.
Eles utilizaram os quasares, como uma “régua" para mapear as variações de densidade no Universo, e os físicos foram capazes de estender os seus cálculos quase que 2 vezes mais longe no tempo do da última vez.
E utilizando a Baryon Oscillation Spectroscopic Survey (BOSS), as duas equipes de físicos melhorou o entendimento dos cientistas da chamada energia escura que comanda a aceleração do universo. 
Quase que triplicando o número de quasares previamente estudados, e implementando uma nova técnica, os cientistas foram capazes de calcular uma taxa de expansão do universo em 68 Km por segundo por 1 milhão de anos-luz, com uma grande precisão.
Foi Andreu Font-Ribera, do Lawrence Berkeley National Laboratory do Departamento de Energia Norte-Americana, que liderou uma das duas equipes. Enquanto isso, Timothée Delubac do EPFL, na Suíça, e do Centre de Saclay da França liderava a outra equipe. Mas Andreu Font-Ribera que apresentou as novas descobertas em Abril de 2014 num encontro da American Physical Society em Savannah, Georgia. Ele ainda afirma, que esta nova pesquisa, explora uma região do Universo em que nunca tinha sido explorada antes.
O Universo em expansão estica as ondas de luz, conforme elas viajam através dele, um processo que os astrônomos chamam de desvio para o vermelho. 
Enfim, isso quer dizer que a distância física de um objeto para um observador, vai depender do quão rápido o Universo está se expandindo.

Imagem ilustrativa, encontrada em link

As oscilações acústicas bariônicas, ou BAOs, são ondas de som impressas em grandes estruturas de matéria no Universo inicial. A competição das forças de gravidade empurrando para dentro e da pressão relacionada com o calor empurrando para fora, causam as oscilações similares às ondas de som na matéria bariônica, ou normal, do Universo.
A matéria escura, que interage com a matéria normal somente gravitacionalmente, continua no centro das ondas de som, enquanto que a matéria bariônica viaja para fora, e assim, eventualmente, cria uma concha num raio conhecido como horizonte de som.
Os quasares, como outras galáxias, são circundados por poeira. A luz deixando as galáxias flui através dessa poeira, revelando a impressão das BAOs. E estudar essa luz permite que os pesquisadores possam mapear a distribuição dos quasares, bem como do gás no início do Universo.
Usando a pesquisa BOSS, o maior componente da 3ª pesquisa conhecida como "Sloan Digital Sky Survey", para mapear as BAOs, os cientistas podem determinar quanto de matéria deveria estar distribuída no início do Universo. Quando os pesquisadores começam a medir a expansão do Universo, as BAOs servem como uma “régua padrão”.
“Nós achamos que nós sabemos seu tamanho, e o seu tamanho aparente depende de quão distante ela está”, disse Patrick McDonald do Canadian Institute for Theoretical Astrophysics, durante a conferência.

Fonte: http://www.space.com/26279-universe-expansion-measurement-quasars-boss.html