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Missão Swift da NASA, pesquisa um objeto exótico

Uma equipe de pesquisadores internacional, analisou décadas de observações que foram feitas com muitas instalações, que inclui o Swift. E...


Uma equipe de pesquisadores internacional, analisou décadas de observações que foram feitas com muitas instalações, que inclui o Swift. Eles descobriram uma fonte incomum de luz numa galáxia, que está localizada a aproximadamente 90 milhões de anos-luz da Terra.
As suas propriedades são curiosas, e fazem que o objeto se ajuste muito bem a um buraco negro supermassivo ejetado de uma galáxia hospedeira depois da fusão com um outro buraco negro gigante. Porém, os astrônomos não podem descartar a possibilidade de a chamada SDSS1133, ser a parte remanescente de uma estrela massiva que entrou em erupção por um período de tempo antes de se destruir inteiramente numa supernova.



“Com os dados que nós temos em mãos, nós não podemos distinguir entre esses dois cenários”, disse o pesquisador líder Michaeil Koss, astrônomo no ETH Zurich, o Swiss Federal Institute of Technology. 
“Uma descoberta incrível feita com o Swift da NASA é que o brilho da SDSS1133 tem mudado um pouco na luz óptica e na luz ultravioleta por uma década, o que não é algo típico de se ver numa remanescente de supernova jovem”.
Houve um estudo que foi publicado na edição de 21 de Novembro deste ano, do Monthly Notices of Royal Astronomical Society, o Koss e os outros pesquisadores, relataram que a fonte tinha brilhado de forma significante na luz visível durante os últimos 6 meses, uma tendência que se for mantida poderá reforçar a interpretação do bura co negro. Para analisar o objeto em maiores detalhes, o grupo está planejando fazer observações no ultravioleta com o Cosmic Origins Spectrograph, um instrumento a bordo do Hubble, em Outubro do ano que vem.
De qualquer forma, a SDSS1133, é uma fonte persistente. A equipe foi capaz de detectá-la em pesquisas que já datam mais de 60 anos.
O objeto, é parte da galáxia anã Markarian 177, que está localizada na concha do asterismo de Big Dipper. Enfim, normalmente, buracos negros supermassivos ocupam os centros de galáxias, a SDSS1133 está localizada a pelo menos 2600 anos-luz do centro de sua galáxia.
Em 2013, no mês de Junho, pesquisadores conseguiram imagens de alta resolução no infravermelho, do objeto, com o telescópio de 10 metros, Keck II do Observatório W.M. Keck que fica no Havaí. As imagens revelaram que a região de emissão da SDSS1133 tem menos de 40 anos-luz de diâmetro e que o centro da Markarian 177 tem evidências de formação estelar intensa e outras feições que indicavam uma pertubação recente.


“Nós suspeitamos que estejamos vendo a consequência de uma fusão de duas galáxias pequenas e de seus buracos negros”, disse a coautora, Laura Blecha, uma Einstein Fellow do Departamento de Astronomia da Universidade de Maryland, e teórica líder na simulação de recuos, em buracos negros em fusão. 
“Astrônomos pesquisando por buracos negros em recuo têm sido incapazes de confirmar uma detecção, assim sendo, encontrar uma dessas fontes, seria uma grande descoberta”.
A colisão e a fusão de duas galáxias, corrompe suas formas e resulta em novos episódios de formação de estrelas. Se cada galáxia possui um buraco negro supermassivo central, eles formarão um par binário unido no centro da galáxia fundida, antes de finalmente se aglutinarem.
Os buracos negros em fusão lançam uma grande quantidade de energia na forma de radiação gravitacional, que é uma consequência da teoria da gravidade de Einstein. As ondas na fábrica do espaço-tempo, criam oscilações em todas as direções a partir das massas em aceleração. Se ambos buracos negros, possuem a mesma massa e rotação, a fusão emite ondas gravitacionais uniformemente em todas as direções. Mas provavelmente, as massas dos buracos negros, e as rotações serão diferentes, levando a uma emissão não uniforme de ondas gravitacionais, na qual, lança o buraco negro para a direção oposta.

E o "chute", pode ser forte o suficiente para fazer com que o buraco negro seja expulso de sua galáxia hospedeira, deixando-o numa deriva eterna no espaço intergaláctico. Tipicamente, um "chute" enviará o objeto em uma órbita alongada. Apesar da sua recolocação, o buraco negro ejetado irá reter qualquer gás quente armadilhado ao seu redor e continuará a brilhar à medida que se move ao longo de sua nova trajetória, até que todo o gás seja consumido.
O SDSS1133 pode não ser um buraco negro, então poderia ser um tipo bem incomum de estrela, ou uma Variável Azul Luminosa, do inglês, LBV. Essas estrelas massivas, passa por erupções episódicas que envia grande quantidade de massa no espaço, tempo depois de explodirem. Dessa maneira, a SDSS1133 representaria as erupções de mais longo período de uma LBV que já foi observada, seguindo por uma terminal explosão supernova, na qual a luz atingiu o nosso planeta em 2001.
A mais próxima comparação na Via Láctea, é o sistema binário massivo "Eta Carinae", que inclui um LBV com 90 vezes a massa do nosso Sol. De 1838-1845, o sistema teve uma explosão que ejetou pelo menos 10 massas solares, o que fez com que ela se tornasse a segunda estrela mais brilhante do céu. Teve também uma erupção menor, por volta de 1890.
Nesse cenário alternativo, a SDSS1133 deve ter estado em erupção contínua de no mínimo 1950 a 2001, quando ela atingiu o seu pico de brilho, e então se transformou em supernova. A resolução espacial e a sensibilidade dos telescópios antes de 1950 eram insuficientes para detectar a fonte. Mas, se ela foi uma erupção de LBV, o registro atual mostra que ela é a maior e mais persistente erupção já observada. A interação entre o gás ejetado e a onda da explosão poderia explicar o seu brilho constante do objeto na luz ultravioleta.
Sendo a SDSS1133, um buraco negro supermassivo expulso de sua galáxia, ou uma rara estrela no seu ato final, ela é certamente algo que os astrônomos nunca viram antes.

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