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Curiosity tem rodas danificadas - Qual seria a solução?

O Curiosity, já não está mais bem, o rover tem enfrentado o clima de Marte, além de seu ambiente hostil muito bem. Mas agora, após ma...



O Curiosity, já não está mais bem, o rover tem enfrentado o clima de Marte, além de seu ambiente hostil muito bem. Mas agora, após mais de 2 anos, ele está todo arranhado e sujo, são as marcas de suas conquistas.
Mas não só marcas e sujeira, há buracos nas rodas do rover, que está chamando a atenção dos cientistas e de todos envolvidos na missão. Em uma das 6 rodas do Curiosity, no dia Sol 411, isto é, no dia 411 do Sol que dura 24h39m, foi encontrado um buraco bem maior maior do que o esperado.
De começo, isso foi tratado como uma "anormalidade sem consequência", mas tudo mudou no Sol 463, pois uma nova inspeção nas rodas revelou um rasgo bem maior.
“Quando vimos essas imagens, vimos um buraco que era bem maior do que esperávamos. Não se encaixava a nada que havíamos visto em nossos testes. Não sabíamos o que o estava causando”, conta Matt Haverly, ele é piloto do Curiosity no JPL.

Esta descoberta, levou a novos testes na Terra e em Marte, tudo para descobrir o que estava ocorrendo. Pois então, os engenheiros constataram que esses furos estavam sendo produzidos por várias rochas pontiagudas, que pelo fato de elas estarem firmemente no solo, não se deslocavam ao encontrar as rodas. E além disso, houve um problema adicional responsável, a fadiga do material.
Veja, as rodas do Curiosity são feitas de uma fina camada de alumínio com 0.75mm de espessura, que ao evoluírem sobre um terreno marciano elas se distorcem um pouco, por causa do peso do rover e da dureza do solo marciano.
E esse processo acabou deixando o material quebradiço, é que nem você pegar um clipe papel metálico e torcer ele até que ele se quebre, segundo explicou Emily Lakdawalla, cientista e blogueira da ONG Planetary Society. Ela fez um longo e extenso relatório dos problemas encontrados pelo Curiosity em Marte, e você pode ler seguindo a fonte.
Mas, por enquanto, não houve uma perda de desempenho tão considerável na condução do rover, pois as rodas, por mais que tenha essas perfurações, ainda conseguem manter sua forma original e se locomovem bem sobre qualquer tipo de terreno.


Os pilotos, querem evitar um desgaste acelerado, por isso eles têm optado por seguir rotas que pareçam oferecer menor risco. O que pode limitar os alvos científicos, além disso, às vezes eles conduzem o rover de ré, tudo isso para reduzir o desgaste nas rodas frontais.
Os testes agressivos que foram feitos no deserto de Mojave, Califórnia, mostram que nas piores condições de terreno possíveis, isto é, com solo duro e repleto de rochas, as rodas podem ser inutilizadas após 8 km. Até agora o rover rodou por 9 km na superfície acidentada do interior da Cratera Gale em Marte.
Então, em um terreno fofo e com poucas rochas, ele poderia avançar indefinidamente. Mas o potencial para descobertas, nesse caso, também seria drasticamente reduzido, o que não é bom.
Será difícil bater o recorde de seu antecessor, o Opportunity, que já está a uma década em Marte, e já percorreu mais de 40 km. Para o próximo rover, a missão Marte 2020, a ideia é mudar o design das rodas, e, com isso, impedir a repetição do problema.
E agora, também cresce a pressão para o planejamento do local de pouso, para exigir pouca rodagem para alvos científicos de grande interesse.

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