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Astrônomos descobrem o maior e mais luminoso buraco negro até o momento

Os astrônomos descobriram o maior e mais luminoso buraco negro já visto, um gigante com uma massa de aproximadamente 12 bilhões de ve...


Os astrônomos descobriram o maior e mais luminoso buraco negro já visto, um gigante com uma massa de aproximadamente 12 bilhões de vezes a massa do Sol, que por sinal, data de quando o Universo tinha menos de 1 bilhão de anos de idade.
Segundo os pesquisadores, ainda é um mistério, de como esses buracos negros poderiam atingir este tamanho tão grande num tempo relativamente breve, no início do Universo.
Acredita-se que os buracos negros supermassivos habitam o coração da maior, se não todas, as grandes galáxias. Os maiores buracos negros encontrados no Universo próximo tinham uma massa de mais de 10 bilhões de vezes a massa do Sol. Em comparação, o buraco negro no centro da Via Láctea tem uma massa de cerca de 4 a 5 milhões de vezes a massa do Sol.
Embora a luz não possa escapar da força gravitacional dos buracos negros, os buracos negros são normalmente brilhantes. Esse “brilho” ocorre pois eles são circundados por feições conhecidas como discos de crescimento, que são feitos de gás e poeira que aquecem e emitem luz enquanto ela cai em forma de espiral em direção aos buracos negros. 
Os astrônomos suspeitam que os quasares, os objetos mais brilhantes no Universo, contêm buracos negros que lançam quantidade extraordinariamente grandes de luz enquanto eles rompem as estrelas. Os astrônomos descobriram cerca de 40 quasares, cada um com um buraco negro com cerca de 1 bilhão de vezes a massa do Sol, datando de quando o Universo tinha menos de 1 bilhão de anos de idade. Agora, os cientistas, reportaram a descoberta de um buraco negro supermassivo com uma massa 12 bilhões de vezes maior que a massa do Sol a cerca de 12.8 bilhões de anos-luz de distância da Terra que data de quando universo tinha cerca de 875 milhões de anos de vida.
Esse buraco negro, tecnicamente conhecido como SDSS J010013.02+280225.8, ou J0100+2802, não é somente o quasar mais massivo já visto no início do Universo, mas também o mais luminoso. Ele é cerca de 429 trilhões de vezes mais brilhante que o Sol e sete vezes mais brilhante que o quasar mais distante conhecido.
A luz de quasares bem distantes podem levar bilhões de anos para atingir a Terra. Assim, os astrônomos podem ver os quasares como eles eram quando o Universo era jovem. Esse buraco negro data de pouco mais de 6% da idade atual do Universo de 13.8 bilhões de anos.
“Isso é bem surpreendente pois ele apresenta sérios desafios às teorias sobre como os buracos negros cresceram no início do universo”, disse o principal autor Xue-Bing Wu, astrofísico da Universidade de Peking, em Beijing.



Os discos de crescimento limitam a velocidade com a qual os buracos negros modernos crescem. Primeiro, à medida que o gás e a poeira nos discos chegam perto dos buracos negros, o tráfego para qualquer outro material que está caindo no buraco negro. Segundo, à medida que a matéria colide nesse tráfego, ela é aquecida, e emite radiação que dirige gás e poeira para longe dos buracos negros.
Os cientistas ainda não possuem uma teoria satisfatória para explicar como esses objetos supermassivos se formaram no início do universo, afirma Wu.
“Isso necessita de maneiras muito especiais para o crescimento rápido do buraco negro ou um imenso buraco negro semente”, disse Wu. Por exemplo, um estudo sugere que devido ao fato do Universo inicial ser muito menor do que o Universo atual, o gás era mais denso, obscurecendo uma quantidade substancial da radiação emitida pelo disco de crescimento, e então ajuda a matéria cair nos buracos negros.
Os pesquisadores notaram que a luz desses buracos negros poderiam ajudar a fornecer pistas sobre os cantos escuros do cosmos distante. À medida que a luz do quasar brilha em direção à Terra, ela passa através do gás intergaláctico que colore a luz. Deduzindo como esse gás intergaláctico influencia o espectro da luz do quasar, os cientistas podem deduzir que elementos constituem o gás. Esse conhecimento, por sua vez, pode fornecer ideias sobre o processo de formação de estrelas, que estavam funcionando logo depois do Big Bang e que produziram esses elementos.
“Esse quasar é o mais luminoso no início do universo, que, como um farol, nos dará chance de usá-lo como uma ferramenta única para estudar a estrutura cósmica do distante e escuro universo”, disse Wu.


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