Novas imagens de alta resolução feitas por radar da Terra, revelam novos detalhes sobre Vênus
Quando Vênus é observada da Terra com telescópios ópticos, sua superfície aparece coberta por uma espessa camada de nuvens feitas, por s...
http://olharastronomico.blogspot.com/2015/03/novas-imagens-de-alta-resolucao-feitas.html
Recentemente, combinando as capacidades altamente sensíveis do Green Bank Telescope (GBT), da National Science Foundation (NSF) e do poderoso transmissor de radar no Observatório de Arecibo, os astrônomos foram capazes de conseguir imagens mais detalhadas da superfície desse planeta sem deixar a Terra.
Os sinais de radar do Arecibo passaram através tanto da atmosfera do nosso planeta como da atmosfera de Vênus, onde eles atingiram a superfície e foram enviados de volta e recebidos pelo GBT num processo conhecido como radar biestático.
Essa capacidade é essencial para estudar não somente a superfície como ela é hoje, mas também para monitorar suas mudanças. Comparando as imagens feitas em diferentes períodos de tempo, os cientistas esperam eventualmente detectar sinais de vulcanismo ativo, ou de outros processos geológicos dinâmicos que poderiam revelar pistas sobre a história geológica de Vênus e das condições em subsuperfície.
As imagens de radar de alta resolução de Vênus foram obtidas pela primeira vez pelo Arecibo em 1988 e mais recentemente pelo Arecibo e GBT em 2012, com uma cobertura adicional realizada no início dos anos 2000 pelo Lynn Carter do Goddard Spaceflight Center da NASA em Greenbelt, Md. As primeiras dessas observações fizeram parte do experimento científico de comissionamento do GBT.
“É um trabalho árduo comparar imagens de radar buscando por evidências de mudanças, mas o trabalho está em andamento. Desse modo, combinando as imagens dessa observação com outros períodos anteriores, uma série de ideias sobre outros processos que alteram a superfície de Vênus estão aparecendo”, disse Bruce Campbell, o cientista sênior com o Center for Earth and Planetary Studies no Smithsonian’s National Air and Space Museum, em Washington, D.C.
Vale lembrar que, um artigo discutindo a comparação entre essas duas observações foi aceito para publicação na revista Icarus.