Astrônomos brasileiros descobriram 2 aglomerados estelares bem distantes do disco galáctico
Astrônomos brasileiros, utilizaram dados do Wide-field Infrared Survey Explorer, e descobriram dois aglomerados de formação de estrelas na...
http://olharastronomico.blogspot.com/2015/03/astronomos-brasileiros-descobriram-2.html
Astrônomos brasileiros, utilizaram dados do Wide-field Infrared Survey Explorer, e descobriram dois aglomerados de formação de estrelas na borda mais distante da Via Láctea.
A nossa galáxia tem uma forma espiral barrada, ou seja, ela possui braços de estrelas, gás e poeira, circulando uma barra central.
Quando vista de lado, a Via Láctea apareceria relativamente plana, com a maior parte do seu material num disco e nas regiões centrais.
As estrelas da nossa galáxia se formam dentro de massivos e densos aglomerados de gás, chamados de nuvens moleculares gigantes, localizadas principalmente na parte mais interna do disco galáctico. Com muitos desses aglomerados em uma única nuvem molecular, a maior parte das estrelas nascem juntas em aglomerados.
Os astrônomos liderados pelo Dr. Denilso Camargo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, não só encontrou gigantescas nuvens moleculares a milhares de anos-luz acima e abaixo do disco galáctico, mas também encontrou que uma delas inesperadamente contém dois aglomerados de estrelas, que foram nomeados de Camargo 438 e Camargo 439.
Essa é a primeira vez que cientistas encontraram estrelas sendo formadas em locais tão remotos da nossa galáxia, parabéns aos brasileiros.
“Um berçário estelar que parece estar no meio do nada é algo bem surpreendente”, disse o Dr. Peter Eisenhardt, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, ele é cientista do projeto da missão WISE, mas não estava envolvido na pesquisa.
“Os novos aglomerados de estrelas são verdadeiramente exóticos. Em poucos milhões de anos, qualquer habitante de planetas ao redor das estrelas terá uma grande visão de fora da Via Láctea, algo que o ser humano provavelmente jamais terá a chance de experimentar”, disse o Dr. Camargo.
Os aglomerados recém-descobertos estão dentro da nuvem molecular HRK 81.4-77.8. A nuvem é pensada como tendo dois milhões de anos de vida e está a cerca de 16.000 anos-luz abaixo do disco galáctico, uma enorme distância das tradicionais regiões de formação de estrelas. Os astrônomos acreditam que existam duas possíveis explicação para isso. No primeiro caso, o Modelo Chimmey, onde violentos eventos como explosões de supernova podem ter ejetado gás e poeira para fora do disco galáctico. O material então caiu de volta, no processo e se fundiu, formando as gigantescas nuvens moleculares. A outra ideia é que interações entre a Via Láctea e suas galáxias satélites como a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães, podem ter perturbado o gás que caiu na Via Láctea, novamente levando à acreção de nuvens moleculares de estrelas.
“Nosso trabalho mostra que o espaço ao redor da Via Láctea é bem menos vazio do que se pensava anteriormente”, disse o Dr. Camargo, que é também o principal autor do artigo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
A nossa galáxia tem uma forma espiral barrada, ou seja, ela possui braços de estrelas, gás e poeira, circulando uma barra central.
Quando vista de lado, a Via Láctea apareceria relativamente plana, com a maior parte do seu material num disco e nas regiões centrais.
As estrelas da nossa galáxia se formam dentro de massivos e densos aglomerados de gás, chamados de nuvens moleculares gigantes, localizadas principalmente na parte mais interna do disco galáctico. Com muitos desses aglomerados em uma única nuvem molecular, a maior parte das estrelas nascem juntas em aglomerados.
Os astrônomos liderados pelo Dr. Denilso Camargo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, não só encontrou gigantescas nuvens moleculares a milhares de anos-luz acima e abaixo do disco galáctico, mas também encontrou que uma delas inesperadamente contém dois aglomerados de estrelas, que foram nomeados de Camargo 438 e Camargo 439.
Essa é a primeira vez que cientistas encontraram estrelas sendo formadas em locais tão remotos da nossa galáxia, parabéns aos brasileiros.
“Um berçário estelar que parece estar no meio do nada é algo bem surpreendente”, disse o Dr. Peter Eisenhardt, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, ele é cientista do projeto da missão WISE, mas não estava envolvido na pesquisa.
“Os novos aglomerados de estrelas são verdadeiramente exóticos. Em poucos milhões de anos, qualquer habitante de planetas ao redor das estrelas terá uma grande visão de fora da Via Láctea, algo que o ser humano provavelmente jamais terá a chance de experimentar”, disse o Dr. Camargo.
Os aglomerados recém-descobertos estão dentro da nuvem molecular HRK 81.4-77.8. A nuvem é pensada como tendo dois milhões de anos de vida e está a cerca de 16.000 anos-luz abaixo do disco galáctico, uma enorme distância das tradicionais regiões de formação de estrelas. Os astrônomos acreditam que existam duas possíveis explicação para isso. No primeiro caso, o Modelo Chimmey, onde violentos eventos como explosões de supernova podem ter ejetado gás e poeira para fora do disco galáctico. O material então caiu de volta, no processo e se fundiu, formando as gigantescas nuvens moleculares. A outra ideia é que interações entre a Via Láctea e suas galáxias satélites como a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães, podem ter perturbado o gás que caiu na Via Láctea, novamente levando à acreção de nuvens moleculares de estrelas.
“Nosso trabalho mostra que o espaço ao redor da Via Láctea é bem menos vazio do que se pensava anteriormente”, disse o Dr. Camargo, que é também o principal autor do artigo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.