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Segundo o Yutu, a geografia Lunar é mais complexa do que se pensava!

Uma equipe de pesquisadores trabalhando na missão lunar Chang’E-3, da China, encontrou múltiplas e distintas camadas de rochas geográf...



Uma equipe de pesquisadores trabalhando na missão lunar Chang’E-3, da China, encontrou múltiplas e distintas camadas de rochas geográficas abaixo da superfície da Lua, indicando uma história geográfica muito mais complexa do que se pensava anteriormente. Em um artigo publicado na revista Science, a equipe descreveu o resultado com base na análise dos dados enviados pelo rover Yutu.
Em 14 de Dezembro de 2013, a sonda Chang’E-3 tocou a superfície da Lua, a primeira sonda a conduzir um pouso suave desde uma sonda enviada pela antiga União Soviética em 1976. D
epois do pouso, um rover, chamado de Yutu foi lançado da sonda e começou um percurso de zig-zag pelo terreno próximo. Este rover carregava uma variedade de sensores, um deles, chamado de Lunar Penetrating Radar (LPR) capaz de pesquisar 400 metros abaixo da superfície lunar, o rover capturou dados de subsuperfície por aproximadamente um mês antes de sofrer com problemas técnicos causados pelo pouso.
Nesse novo relatório, os pesquisadores estudaram os dados enviados de volta pelo rover e relataram que o LPR revelou nove distintas camadas de rochas abaixo da superfície, indicando uma história geográfica mais complexa do que se pensava. As camadas se devem, aparentemente, à fluxos de lava que se misturaram com o regolito (a poeira formada pelo intemperismo). 
Os dados enviados de volta pelo Yutu foram os primeiros a revelarem em detalhes as profundezas da subsuperfície lunar. Durante as missões Apollo, furadeiras foram usadas para coletar amostras das rochas em subsuperfície, mas essas furadeiras só penetravam três metros.
A equipe notou que estudando as camadas rochosas, eles fizeram dois importantes achados, o primeiro foi que as evidências mostram que a Lua teve muito mais atividade vulcânica do que se pensava e em segundo lugar que a área sob estudo mostrou que em adição ao basalto existem ali rochas piroclásticas, uma indicação de uma atividade explosiva. A maior parte daqueles que estudaram a Lua acreditavam que os gases voláteis armazenados no manto escaparam enquanto a Lua ainda estava em formação. Essas novas evidências sugerem que esse não foi o caso.
A equipe também notou que a composição da geografia onde o Yutu estava operando parecia ser bem diferente daquela observada pelas missões Apollo dos EUA e pelas missões Luna da antiga União Soviética.


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