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Philae completa primeira missão, e logo entra em hibernação

O módulo Philae, conseguiu completar sua primeira missão, depois de aproximadamente 57 horas de trabalho na superfície do cometa 67P/C...


O módulo Philae, conseguiu completar sua primeira missão, depois de aproximadamente 57 horas de trabalho na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Isso, após ficar sem contato com módulo às 09:58 GMT da última sexta-feira, a Rosetta restabeleceu contato com o Philae às 22:19 GMT da sexta-feira. 
O sinal inicialmente foi um sinal intermitente, mas rapidamente se estabilizou e permaneceu muito bom, até às 00:36 GMT desse sábado.
E nesse período, o módulo Philae, retornou todos os dados que estava armazenando, como também os dados científicos dos seus instrumentos a bordo, incluindo a ROLIS, o COSAC, Ptolemy, SD2, e o CONSERT. Enfim, isso completou as medidas planejadas para o bloco final de experimentos na superfície do cometa.
O módulo foi levantado cerca de 4 cm, e rotacionado por aproximadamente 35º, na tentativa de fazer com que ele recebesse mais energia solar. Mas, enquanto os últimos dados eram transmitidos para a Terra, a energia do Philae, foi se acabando rapidamente.
"Até aqui, tudo tem sido um grande sucesso. Toda a equipe está maravilhada", diz Stephan Ulamec, o gerente do módulo de pouso na Agência Aeroespacial Alemã DLR, no qual, monitorou o progresso da Philae, no Centro de Operações Espaciais da ESA em Darmstadt, na Alemanha.

“Apesar da série não planejada de três toques no solo do cometa, todos os instrumentos poderiam ser operados, e agora é o momento de vermos o que conseguimos”, adiciona Stephan.
Sem os retrofoguetes e com o sistema automático de arpões sem ter funcionado, o módulo rebateu duas vezes depois de seu primeiro toque na superfície do cometa, e terminou seu pouso numa sombra em um desfiladeiro, no dia 12 de Novembro, às 17:32 GMT. A transmissão do cometa tinha cerca de 28 minutos de atraso.
As imagens de alta resolução da Rosetta, continuam sendo checadas e analisadas de forma bem detalhada. O Philae, mandou imagens sem precedentes da história, do cometa, e dos locais ao redores.
Enfim, enquanto as imagens da descida detalham que a superfície do cometa é coberta por poeira e detritos com tamanho variando de milímetros até metros, as imagens panorâmicas mostram paredes com camadas de material aparentemente mais duro. 
As equipes, estão estudando seus dados para ver se conseguem alguma parte desse material com a perfuratriz do módulo Philae.
“Nós ainda temos a esperança que num estágio futuro da missão, talvez, quando nós estivermos mais próximos do Sol, nós possamos ter uma iluminação solar suficiente para acordar o Philae, e restabelecer a comunicação”, diz Stephan.
No momento, nenhum contato será possível a menos que a luz solar suficiente caia nos painéis solares para gerar a energia necessária para acordar o módulo. A possibilidade que isso possa ocorrer mais tarde na missão, foi quando os controladores enviaram os comandos para rotacionar o corpo principal do módulo com seus painéis solares fixos. Isso é o que deve expor uma maior área dos painéis à luz solar.


A próxima comunicação possível começou no dia 15 de Novembro de 2014 por volta das 10:00 GMT. A Rosetta tentou ouvir um sinal, e continuará fazendo isso cada vez que a sua órbita, se alinhar com a possível visibilidade do Philae. Mas, dada a baixa corrente de recarga vinda dos painéis solares nesse momento, é pouco provável que um contato seja restabelecido com o módulo num futuro próximo. Enquanto isso, a Rosetta se movimentou e retornou para uma órbita de cerca de 30 km de distância do cometa.
Mas, ela retornará a uma órbita a 20 km do cometa, no dia 6 de Dezembro de 2014 e continuará a sua missão de estudar o objeto com grande detalhe, basicamente, a medida que o cometa vai se aproximando do Sol, seu ponto mais próximo, deverá ocorrer no dia 13 de Agosto de 2015 e dessa maneira o cometa se torna cada vez mais ativo, mudando sua aparência.
Em breve, a Rosetta, vai iniciar seu procedimento para voar em torno do cometa, um pouco mais distante, enquanto também terá sobrevoos a cerca de 8 Km do cometa. E os dados obtidos pela Rosetta, vai permitir que os cientistas observem as mudanças de curto e longo prazo no cometa, ajudando assim a responder as maiores e mais importantes indagações sobre a história do Sistema Solar. Como por exemplo, como ele se formou e se desenvolveu? Como os cometas funcionam? Qual o papel dos cometas na evolução dos planetas? Entre outras dúvidas que temos!
“Os dados coletados pelo Philae e pela Rosetta estão fazendo com que a missão seja um marco na ciência cometária”, disse Matt Taylor, um cientista de projeto da Rosetta.
O Fred Jansen, gerente de missão da Rosetta, disse, “No final dessa semana de emoções, nós tivemos o sucesso de um pouso suave na superfície de um cometa pela primeira vez. Esse foi um momento histórico para a ESA e para seus parceiros. Nós agora esperamos por mais muitos meses de ciência animadora com a Rosetta e possivelmente esperamos um retorno do Philae da sua hibernação em algum momento nessa história”.

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