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Astrônomos brasileiros descobriram a estrela gêmea do Sol mais velha

Uma equipe de 4 astrônomos USP, em parceria com o Observatório Europeu do Sul, ajudou a encontrar a estrela “gêmea” do Sol mais velha já ...


Uma equipe de 4 astrônomos USP, em parceria com o Observatório Europeu do Sul, ajudou a encontrar a estrela “gêmea” do Sol mais velha já encontrada, até hoje, com 8,2 bilhões de anos, que é quase o dobro da idade da nossa estrela, que tem 4,6 bilhões de anos.
As gêmeas solares são estrelas que possuem massa, temperatura e composição química semelhantes às do Sol. Elas ajudam os pesquisadores a prever o que deve acontecer com a estrela nos próximos bilhões de anos ou, no caso das gêmeas mais novas, como ela tem se modificado ao longo do tempo, pois a nossa deve ser bem semelhante na morte e também na idade mais nova.
Além de dar pistas sobre como a nossa estrela vai ficar quando envelhecer, o trabalho mostrou que há uma forte correlação entre o teor de lítio existente no astro e sua idade, ajudando a solucionar um dos grandes e velhos mistérios da astronomia.

Via HyperScience
A descoberta da primeira gêmea solar, chamada 18 Scorpii, ocorreu em 1997. Até então astrônomos de todo planeta começaram a procurar por mais astros com as mesmas características. A nova estrela gêmea, além de ser a mais velha, é a mais parecida com o Sol do que qualquer outra.
Em mais de 40 noites de observação, os pesquisadores estudaram a composição química e outras características da estrela. O estudo que relata as descobertas da equipe foi divulgado na quarta feira no site do periódico Astrophysical Journal Letters e sairá em sua versão impressa no próximo mês.
De acordo com a equipe da USP, as observações sugerem que a HIP 102152 também tem planetas rochosos, como o que existem aqui, na sua órbita.
O Meléndez, que também atua na USP e é coautor do estudo, diz que o objetivo agora, que tem data prevista até 2015, é detectar astros ainda mais velhos, e também mais novos, para entender bem a dinâmica de envelhecimento solar. Outra meta é descobrir “superterras”, com massa entre cinco e dez vezes maiores que a nossa.
As análises da nova gêmea mostraram ainda que, como o Sol, ela tem uma deficiência nos elementos refratários, aqueles que são capazes de suportar altas temperaturas e também são abundantes em meteoritos e em planetas rochosos, como a Terra. Os pesquisadores acreditam que esses elementos se encontram em menor quantidade no Sol exatamente porque foram incorporados aos planetas rochosos que fazem parte do Sistema Solar. O fato de a HIP 102152 apresentar as mesmas características indica que ela pode hospedar planetas desse tipo, apesar de nenhum deles terem sido encontrado até o momento orbitando a estrela.

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